quinta-feira, 13 de junho de 2013

Manter o romance faz casamento durar após nascimento dos filhos
Casal deve reservar espaço para relação a dois
Manter clima de romance faz casamento durar após filhos

A mamãe é a namorada do papai, sabia?

Mesmo sendo uma mensagem um tanto desgastada, sempre valer lembrar aos filhos que são prova de uma história de amor...

Nas duas primeiras consultas ao pediatra, o papo era apenas sobre o progresso do bebê. Pais de primeira viagem, éramos totalmente inexperientes e analfabetos em “como funcionam as crianças” - como são os pais de primeira viagem, afinal. Lá na 3ª consulta, 40 dias após o parto, o sábio dr. Leonardo nos sondava a respeito da nossa vida a dois, com toda ética e respeito que convém ao pediatra do primogênito do casal. Sempre insistindo em como é importante para a família que o casal mantenha acesa a relação, e que a chegada do bebê, mesmo sendo mágica e idílica vem é acrescentar e não substituir alguma coisa na vida 
íntima.
Gosto de lembrar desse conselho sabido. Porque é um pouco por ele que continuamos juntos há 17 anos, não só como pais dos nossos filhos, mas como parceiros e namorados. Um psicólogo  especialista em  afetividade, de nome James H. Bray, classifica de “romântica”. uma relação do tipo da nossa. Seu centro de estudos médicos, o Baylor College of Medicine, em Houston, pesquisa o coração – nos aspectos físicos e emocionais, e, por isso mesmo casamentos e namoros estão na pauta dos estudos. Um relacionamento romântico, segundo o cientista, não é exatamente “luz de velas” todo dia, mas sim um relacionamento com o núcleo baseado no casal: se estamos fortes, todo o resto é beneficiado. Já se algo vai mal...

Nem todos os casais são assim. A pesquisa mostra que há arranjos matriarcais e patriarcais – com um dos lados nitidamente conduzindo a relação – e arranjos neotradicionais com indivíduos independentes, porém, cúmplices. Conheço casais de ambos os tipos na vida real e gosto bastante do equilíbrio que os neotradicionais demonstram... mas, Paulo e eu estamos longe, muito longe desse nirvana!
 
Quem sabe um dia, com menos demanda dos filhos, mais estabilidade financeira, menos compromissos...
Agora meus filhos já estão maiores e mais sensíveis ao mundo dos sentimentos alheios, podendo entender como o equilíbrio da nossa família depende bastante do clima de romance no ar entre os pais deles. Por isso aceitam e incentivam que a gente saia para jantar sozinhos, ir ao cinema, e até cobram se não andamos de mãos dadas! Na maior parte do tempo conseguimos levar tudo em ritmo de “comercial de margarina”. Mas, aqui entre nós: dá um trabalho! E precisa tolerância, precisa autocontrole e precisa bom humor...

E nem sempre a gente se dispõe a enxergar o relacionamento com essa disposição, nem dedicar-se a ele com a atenção necessária. Chegar cansada em casa e ainda ter pique pra se arrumar só pra sair com o marido?! Você pode até se perguntar "como"? Então experimente perguntar “como não?” E experimente também a delícia de se entregar ao momento de estarem juntos, como nos tempos de namoro... não foi há tanto tempo, foi ontem mesmo! E a prova de que foi bom e vale a pena atende pelo nome de filho.

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