Manter o romance faz casamento durar após nascimento dos filhos
Casal deve reservar espaço para relação a dois
Casal deve reservar espaço para relação a dois
A mamãe é a namorada do papai, sabia?
Mesmo sendo uma mensagem um tanto desgastada, sempre valer lembrar aos filhos que são prova de uma história de amor...
Nas
duas primeiras consultas ao pediatra, o papo era apenas sobre o
progresso do bebê. Pais de primeira viagem, éramos totalmente
inexperientes e analfabetos em “como funcionam as crianças” - como são
os pais de primeira viagem, afinal. Lá na 3ª consulta, 40 dias após o
parto, o sábio dr. Leonardo nos sondava a respeito da nossa vida a dois,
com toda ética e respeito que convém ao pediatra do primogênito do
casal. Sempre insistindo em como é importante para a família que o casal mantenha acesa a relação, e que a chegada do bebê, mesmo sendo mágica e idílica vem é acrescentar e não substituir alguma coisa na vida
íntima.
Gosto de lembrar desse conselho sabido. Porque é um pouco por ele que continuamos juntos há 17 anos, não só como pais dos nossos filhos, mas como parceiros e namorados.
Um psicólogo especialista em afetividade, de nome James H. Bray,
classifica de “romântica”. uma relação do tipo da nossa. Seu centro de
estudos médicos, o Baylor College of Medicine, em Houston, pesquisa o
coração – nos aspectos físicos e emocionais, e, por isso mesmo
casamentos e namoros estão na pauta dos estudos. Um relacionamento
romântico, segundo o cientista, não é exatamente “luz de velas” todo
dia, mas sim um relacionamento com o núcleo baseado no casal: se estamos
fortes, todo o resto é beneficiado. Já se algo vai mal...
Nem
todos os casais são assim. A pesquisa mostra que há arranjos
matriarcais e patriarcais – com um dos lados nitidamente conduzindo a
relação – e arranjos neotradicionais com indivíduos independentes,
porém, cúmplices. Conheço casais de ambos os tipos na vida real e gosto
bastante do equilíbrio que os neotradicionais demonstram... mas, Paulo e
eu estamos longe, muito longe desse nirvana!
Quem sabe um dia, com menos demanda dos filhos, mais estabilidade financeira, menos compromissos...
Agora meus filhos já estão maiores e mais sensíveis ao mundo dos sentimentos alheios, podendo entender como o equilíbrio da nossa família depende bastante do clima de romance
no ar entre os pais deles. Por isso aceitam e incentivam que a gente
saia para jantar sozinhos, ir ao cinema, e até cobram se não andamos de
mãos dadas! Na maior parte do tempo conseguimos levar tudo em ritmo de
“comercial de margarina”. Mas, aqui entre nós: dá um trabalho! E precisa
tolerância, precisa autocontrole e precisa bom humor...
E
nem sempre a gente se dispõe a enxergar o relacionamento com essa
disposição, nem dedicar-se a ele com a atenção necessária. Chegar
cansada em casa e ainda ter pique pra se arrumar só pra sair com o
marido?! Você pode até se perguntar "como"? Então experimente perguntar
“como não?” E experimente também a delícia de se entregar ao momento de
estarem juntos, como nos tempos de namoro... não foi há tanto tempo, foi ontem mesmo! E a prova de que foi bom e vale a pena atende pelo nome de filho.
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