sábado, 29 de junho de 2013

Sargento ferido em confronto em Porto Alegre corre risco de perder a visão

  • O sargento da Brigada Militar Elso Teixeira foi ferido em Porto Alegre durante ação de vândalos ao final da manifestação da quinta-feira (27)
    O sargento da Brigada Militar Elso Teixeira foi ferido em Porto Alegre durante ação de vândalos ao final da manifestação da quinta-feira (27)
O sargento da Brigada Militar Elso Teixeira, 53, pode ter a visão do olho esquerdo comprometida devido a um ferimento sofrido na última manifestação ocorrida em Porto Alegre, na noite de quinta-feira (27).
Ele foi atingido por uma pedra no rosto, depois de tentar socorrer uma manifestante que ficou isolada na área do conflito. O diagnóstico foi feito no Hospital da Brigada Militar, onde o oficial foi atendido.

Protestos no Rio Grande do Sul100


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Teixeira foi atingido por uma pedrada e sofreu um derrame interno no olho esquerdo. Ele está sendo tratado com cinco medicamentos diferentes, mas a equipe médica do Hospital não descartou a possibilidade de que o sargento perca a visão, caso a medicação não consiga conter um novo derrame. O oficial está em repouso e deve retomar as atividades em 20 dias.
No momento em que foi atingido, Teixeira estava na rua Jerônimo Coelho, próximo à praça da Matriz, onde cerca de 5.000 pessoas, segundo a Brigada Militar, participavam de uma manifestação que transcorria de forma pacífica. O alvo dos manifestantes era o Palácio Piratini, sede do governo estadual. Uma comitiva chegou a ser recebida pelo governador Tarso Genro.

Um grupo de desordeiros, entretanto, avançou sobre o policiamento que fazia a segurança do Tribunal de Justiça do Estado já no final da manifestação e entrou em choque com a polícia. Os arruaceiros queimaram jornais e atiraram pedras nos policiais, que reagiram com bombas de gás e de efeito moral.
"Corremos em direção à rua e, ao chegar, nos deparamos com uma jovem inconsciente. Ela havia sofrido uma parada cardiorrespiratória e desmaiou devido ao gás lacrimogêneo", relatou. Segundo o sargento, os vândalos estavam tentando dificultar que as equipes de atendimento socorressem a vítima. "Quando cheguei, passei escudos para os soldados que estavam lá. Isolamos o local porque nem os paramédicos conseguiam chegar", completou.

Segundo Teixeira, a pedra que o atingiu era "do tamanho de uma laranja". O sargento conta que foi retirado do local por um colega e socorrido por uma ambulância da Brigada Militar, que também levou a adolescente para o Hospital de Pronto-Socorro (HPS). O sargento recebeu alta na mesma noite.
O sargento tem mais de 30 anos de corporação, é casado e pai de uma filha. Ele atua no Patrulhamento Tático Móvel (Patamo) de Cachoeirinha, região metropolitana, onde faz policiamento ostensivo em agências bancárias e em vilas.

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