Sargento ferido em confronto em Porto Alegre corre risco de perder a visão
O sargento da Brigada Militar Elso Teixeira, 53, pode ter a visão do
olho esquerdo comprometida devido a um ferimento sofrido na última
manifestação ocorrida em Porto Alegre, na noite de quinta-feira (27).
Ele foi atingido por uma pedra no rosto, depois de tentar socorrer uma
manifestante que ficou isolada na área do conflito. O diagnóstico foi
feito no Hospital da Brigada Militar, onde o oficial foi atendido.
25.jun.2013
- Policial é ferido em confronto com manifestantes que atiravam pedras e
rojões contra a polícia na avenida Borges de Medeiros, uma das
principais do centro de Porto Alegre, na noite de segunda-feira (24) Leia mais Lucas Azevedo/UOL
Teixeira foi atingido por uma pedrada e sofreu um derrame interno no
olho esquerdo. Ele está sendo tratado com cinco medicamentos diferentes,
mas a equipe médica do Hospital não descartou a possibilidade de que o
sargento perca a visão, caso a medicação não consiga conter um novo
derrame. O oficial está em repouso e deve retomar as atividades em 20
dias.
No momento em que foi atingido, Teixeira estava na rua Jerônimo Coelho,
próximo à praça da Matriz, onde cerca de 5.000 pessoas, segundo a
Brigada Militar, participavam de uma manifestação que transcorria de
forma pacífica. O alvo dos manifestantes era o Palácio Piratini, sede do
governo estadual. Uma comitiva chegou a ser recebida pelo governador
Tarso Genro.
Um grupo de desordeiros, entretanto, avançou sobre o policiamento que
fazia a segurança do Tribunal de Justiça do Estado já no final da
manifestação e entrou em choque com a polícia. Os arruaceiros queimaram
jornais e atiraram pedras nos policiais, que reagiram com bombas de gás e
de efeito moral.
"Corremos em direção à rua e, ao chegar, nos deparamos com uma jovem
inconsciente. Ela havia sofrido uma parada cardiorrespiratória e
desmaiou devido ao gás lacrimogêneo", relatou. Segundo o sargento, os
vândalos estavam tentando dificultar que as equipes de atendimento
socorressem a vítima. "Quando cheguei, passei escudos para os soldados
que estavam lá. Isolamos o local porque nem os paramédicos conseguiam
chegar", completou.
Segundo Teixeira, a pedra que o atingiu era "do tamanho de uma
laranja". O sargento conta que foi retirado do local por um colega e
socorrido por uma ambulância da Brigada Militar, que também levou a
adolescente para o Hospital de Pronto-Socorro (HPS). O sargento recebeu
alta na mesma noite.
O sargento tem mais de 30 anos de corporação, é casado e pai de uma
filha. Ele atua no Patrulhamento Tático Móvel (Patamo) de Cachoeirinha,
região metropolitana, onde faz policiamento ostensivo em agências
bancárias e em vilas.
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