Divulgadores de Priples, Telexfree e BBom vão à Justiça; Em Serra Talha, um policial militar tenta reaver R$ 10 mil. As reclamações pipocam ainda em Petrolândia, Jaboatão dos Guararapes e Recife
Em Serra Talha, um policial militar tenta reaver R$ 10 mil. Em Caruaru,
os insatisfeitos incluem até a União de Instituições para o
Desenvolvimento Educacional, Religioso e Cultural (Uniderc). As
reclamações pipocam ainda em Petrolândia,
Jaboatão dos Guararapes e Recife, e representam o começo da corrida ao
Judiciário pernambucano contra Telexfree, Priples e BBom. As empresas se
apresentam como companhias de marketing multinível, mas foram suspensas
pela Justiça acusadas de serem pirâmides financeiras. Os investidores,
antes defensores do negócio, agora tentam se antecipar à enxurrada de
ações e garantir os primeiros lugares na fila das indenizações.
Nos
últimos meses, Telexfree, com 1 milhão de investidores, Priples, com
210 mil pessoas, e BBom, com mais de 300 mil cadastros, fizeram a
alegria de muita gente ao distribuir lucros de até 60% ao mês, mediante o
pagamento de taxas de adesão de R$ 100, R$ 600, R$ 10 mil e até mais.
Após
serem suspensas pela Justiça, as empresas tiveram a defesa dos
investidores com unhas e dentes, em protestos de ruas e manifestações
pela internet. Alguns, porém, começaram a mudar de postura.
“Já
tenho vários casos engatilhados. Muita gente ainda tem certa vergonha de
assumir que foi lesada. Mas não tem porquê, as pessoas foram vítimas”,
diz o advogado Estefferson Nogueira. Presidente da Ordem dos Advogados
do Brasil (OAB-PE) Subseccional Serra Talhada, Estefferson representa o
PM Glademir de Lima Abreu.
“Ele quer de volta o investimento corrigido, mais a indenização por danos morais, já que houve lesão à boa-fé objetiva”, diz o advogado.
Há
uma semana, praticamente não havia ações contra essas empresas no
sistema do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), que agora registra
casos contra a Telexfree em Petrolândia e no Recife, contra a BBom na
capital e em Caruaru (o processo da Uniderc) e contra a Priples em
Jaboatão e na capital.
“No direito, quando se dorme não há
socorro. O caminho agora tem que ser a Justiça”, afirma o advogado
Gilson Tenório da Silva, que representa o universitário Michael Cabral
da Costa e o autônomo Reginaldo Cabral de Andrade contra a Telexfree.
“Não tenho autorização deles para informar o valor. Prefiro dizer apenas
que eles investiram mais de R$ 20 mil”, diz Gilson.
No Recife, o
advogado Rodrigo Monteiro de Albuquerque representa a administradora
Rafaella Portella. “Ela entrou na Priples com R$ 10 mil em maio e só
recebeu parte do prometido”, comenta Rodrigo. “É difícil essas empresas
voltarem. Vai se tornar uma questão judicial. As pessoas têm que se
resguardar”, afirma.
Com informações do Jornal do Commercio
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