Patricia Amorim encerra 'sumiço' de 8 meses para evitar inquérito no Fla
No dia 17 de dezembro de 2012, Patricia Amorim passou o comando do Flamengo ao novo presidente, Eduardo Bandeira de Mello. Desde então, a ex-mandatária
não sabe o que é pisar no clube que foi sua casa durante mais de 30
anos. Nesta terça-feira, após pouco mais de oito meses de um sumiço
"forçado", ela volta à sede da Gávea. E em uma situação nada
confortável, completamente diferentes dos tempos de atleta e dirigente.
Após um período sabático em que fugiu dos holofotes e evitou visitar a
sede por conta de ataques nos bastidores, Patricia resolveu comparecer à
reunião do Conselho de Administração que irá examinar novamente o
orçamento para o exercício do ano de 2013. Na ocasião, a ex-presidente,
que agora é membro nato do Conselho, irá justificar alguns gastos de sua
gestão que vêm sendo questionados no clube.
Mesmo com o assunto fora da pauta, a intenção da ex-presidente é
esclarecer pontos polêmicos da prestação de contas de 2012, seu último
ano no comando do Flamengo, e evitar um novo inquérito para apurar os
números de sua gestão.
Um destes pontos é o repasse de parte do adiantamento das cotas de TV a
torcidas organizadas, conforme revelado pelo jornal Extra na última semana.
Tranquila, Patricia Amorim já se defendeu previamente e disse que tudo
foi feito com o consentimento dos conselhos deliberativo, de
administração e fiscal.
Novos argumentos devem ser apresentados nesta terça para evitar a
criação de uma nova comissão, assim como ocorreu em relação aos gastos
de outros anos da gestão de Patricia.
"As contas de 2011 não estavam 'ok'. Recomendamos a criação desta comissão de inquérito para conferir e analisar algumas assinaturas
de verbas que não estavam claras. Sobre as contas de 2012, ainda não
sei. Vamos ver o que ela fala. Eu, sinceramente, ainda não sei o que
poderá ocorrer", explicou o presidente do Conselho Deliberativo, Delair
Dumbrosck, que também participará da reunião desta noite.
Por mais que o desfecho da reunião ainda seja incerto para alguns,
muitos não acreditam que um novo inquérito possa ser instaurado. O
presidente do Conselho de Administração, Maurício Gomes de Mattos, não
esconde de pessoas mais próximas o desejo de evitar a "guerra" contra Patricia Amorim, defendendo que o clube deve esquecer aspectos políticos e "olhar para frente".
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