Eficazes, tratamentos contra vasinhos garantem recuperação rápida
Telangiectasia. O palavrão é o nome correto dos populares vasinhos,
que, mais cedo ou mais tarde, todo mundo vai ter. Eles nada mais são do
que pequenas veias, com calibre inferior a 1 milímetro, que dilataram.
"Veias têm uma durabilidade que varia de pessoa para pessoa. Conforme
envelhecemos, elas naturalmente dilatam", explica o cirurgião vascular
Pedro Puech Leão, coordenador do Centro de Tratamento de Veias do
hospital Sírio-Libanês, em São Paulo (SP). Esses vasinhos representam
apenas um problema estético, e existem tratamentos bastante eficazes
para acabar com eles. Todos os procedimentos permitem o retorno às
atividades habituais assim que é finalizado. Os médicos recomendam
apenas que se evite a exposição solar por alguns dias, até desaparecerem
eventuais crostas e inflamação local. Conheça agora quais são estes
tratamentos.
Escleroterapia por meio químico
O que é: trata-se da injeção de substâncias químicas
nas veias, com o objetivo de destruí-las. "Para isso, as substâncias
injetadas causam uma lesão na parede interna dos vasos, gerando um
espasmo local e uma pequena inflamação. Desta forma, o vasinho
desaparece", diz Celso Bregalda Neves, angiologista e secretário geral
da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV).
Entre as substâncias que podem ser aplicadas, uma das mais comuns é a
glicose hipertônica, que não causa alergia (ao contrário das outras, que
podem causar reações alérgicas numa parcela pequena da população). Em
alguns casos, podem ocorrer manchas pequenas, que podem ser tratadas.
Contraindicações: doenças sistêmicas severas
(cardiopatias, hepatopatias, nefropatias, etc), trombose venosa
superficial ou profunda recentes, infecção ou ferida no local que se
pretende fazer a punção, obstrução arterial periférica.
Eletrocoagulação
O que é: punção com agulha que transmite uma onda
elétrica de alta frequência no vasinho e no seu entorno. A onda provoca a
queimadura e a coagulação do vaso, que é destruído e desaparece. Há
formação de pequenas crostas, que podem levar de 2 a 3 semanas para se
soltarem da pele. Também pode haver a formação de manchas, mais escuras
ou mais claras que a pele. Este método é mais doloroso do que a
escleroterapia química.
Contraindicações: exatamente as mesmas para o tratamento químico.
Fototermólise
O que é: destruição do vaso por meio de uma lesão
causada por ebulição térmica. "O sangue absorve a luz com mais
facilidade do que a pele, em determinados comprimentos de onda. Assim,
uma quantidade específica de luz pode apenas aquecer a pele a uma
temperatura tolerável enquanto, sob as mesmas condições, o vaso é
aquecido até o ponto de ebulição", explica o médico. Costuma causar mais
dor que a escleroterapia química e por isso, geralmente, são usados
dispositivos de resfriamento da pele para amenizar a sensação incômoda.
"É a chamada crioanalgesia", diz Pedro Puech Leão.
Contraindicações: as mesmas para os outros tipos de
tratamento, além de pacientes de peles escuras ou bronzeadas, que podem
absorver a luz e causar queimaduras e manchas.
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