Mulheres que querem engravidar devem comer tomate
Dieta também deve ter milho e leite integral
Dieta também deve ter milho e leite integral
Conheça os alimentos que aumentam suas chances de engravidar
Dieta da fertilidade reúne alimentos de baixo índice glicêmico, sem gordura trans e ricos em vitaminas e minerais
Muitos casais têm um
relacionamento feliz, com amor, confiança e compreensão, mas acreditam
que ele poderia ser ainda melhor com mais um integrante: um bebê. No
entanto, nem sempre a gravidez ocorre facilmente e, às vezes, é
necessário pensar em tratamentos específicos ou até mesmo rever os
próprios hábitos. E sabia que a alimentação da futura mamãe pode ser um
fator importante na hora de aumentar a família? Mulheres com
desequilíbrios ovulatórios são as que mais se beneficiam com uma dieta
pró-fertilidade. O assunto é tema central de um estudo realizado pelos
pesquisadores Jorge Chavarro e Walter C. Willett da Universidade de
Harvard (EUA), e que resultou no livro The Fertility Diet
(Dieta da Fertilidade, Editora Campus-Elsevier). A principal conclusão
dessa dupla de cientistas foi constatar que a insulina e a enzima
globulina influenciam na ovulação feminina e a ação dessas duas
substâncias é resultado direto dos alimentos que são consumidos.
"Existe uma proteína chamada globulina que é ligada aos
hormônios sexuais (SHBG) e é regulada pela insulina e esse é o princípio
da "Dieta da Fertilidade" dos pesquisadores de Harvard. Essa proteína é
influenciada pela queda e aumento bruto da insulina", explica a
ginecologista Paula Fettback, especialista em reprodução assistida do
grupo Huntington.
Segundo a especialista, essa dieta é indicada, principalmente para quem tem algum desequilíbrio ovulatório, como a síndrome do ovário policístico.
Mulheres acima do peso ou com peso abaixo do considerado saudável
também se beneficiam, pois apesar de focar nas disfunções do ovário,
essa é uma dieta equilibrada.
Para o nutrólogo José Alves Lara
Neto, vice-presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), a
dieta da fertilidade deveria ser seguida por qualquer pessoa. "Tem
alguns princípios básicos que tanto mulheres que querem engravidar como
aquelas que buscam saúde devem seguir: comer com moderação, evitando
gorduras ruins (saturadas e trans) e alimentos industrializados, ricos
em sódio. Não comer sem ter apetite, evitar doces e tentar incluir ao
máximo vegetais que garantirão muitas vitaminas", afirma. O especialista
ainda faz um alerta: mulheres tentando engravidar devem evitar regimes
restritivos que podem prejudicar a ovulação.
Vale ressaltar que os problemas de fertilidade devem ser investigados por médicos especialistas. Confira a seguir os cuidados na alimentação que podem ajudar você ganhar a barriga que tanto deseja:
Alimentos de baixo índice glicêmico
Sabe o pãozinho branco do café da manhã? Ou o
bolinho que você come junto com o café no meio da tarde? Esses alimentos
refinados têm o poder de elevar o seu índice glicêmico, o medidor de
aumento da velocidade com que os níveis de insulina aumentam em resposta
à rápida absorção de açúcar no sangue.
Funciona da seguinte forma: quando ingerimos alimentos muito
ricos em açúcar ou seja, de alto índice glicêmico, a taxa de insulina,
hormônio transportador do açúcar para a célula, sobe rapidamente,
fazendo com que o açúcar entre muito rápido na célula e a proteína
globulina acompanhe sua flutuação. A globulina, sintetizada no fígado,
funciona como uma proteína de transporte para a maioria dos hormônios.
"Esse "sobe e desce" da enzima pode fazer com que os hormônios
masculinos (andrógenos) aumentem, o que prejudica a ovulação", declara a
ginecologista Paula Fettback. Com a insulina regulada, você faz com que
os hormônios sexuais se mantenham mais estáveis e fisiológicos, na
quantidade adequada. Deixando os ciclos mais regulares e com a ovulação
saudável.
E sabia que quanto mais dentro do peso a pessoa estiver maior a
chance dela ter filhos? "A mulher com sobrepeso ou obesidade já tem uma
taxa de hormônios masculinos maior porque o tecido adiposo produz mais
andrógenos periféricos. Ela pode deixar de ovular só por causa da
obesidade", diz a especialista em reprodução assistida. Uma dieta com
índice glicêmico mais equilibrado, que ajuda a reduzir o índice de massa
corpórea (IMC), vai ajudar nesse aspecto.
Segundo o nutrólogo José Alves Lara Neto, o índice glicêmico do
alimento é a quantidade de açúcar que aquele alimento contém, enquanto a
carga glicêmica é a quantidade de insulina que aquele alimento demanda
para ser absorvido. O especialista ressalta que a melhor forma de baixar
a carga glicêmica é combinando alimentos do grupo dos carboidratos com o
das proteínas. Ou seja, em vez de comer o pão puro, você pode recheá-lo
com peito de peru ou atum. E se acrescentar uma gordura boa, como a do
azeite extra-virgem, você controla ainda melhor essa carga glicêmica.
Algumas fontes de alimentos de baixo índice glicêmico: arroz
integral, aveia em flocos, mandioquinha, batata-doce, milho, inhame,
quinoa, maçã, pera, ameixa, atum e grão-de-bico.
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